Ainda ontem dizia a um amigo que o verdadeiro caso de polícia, no caso Inês Pedrosa, eram os livros dela; nepotismo? sou contra, mas só nos casos em que não me favorece. Nota-se aqui um poder de análise, conquanto não se analise o que tem de ser analisado. Escondo este meu talento para precaver a eventualidade de não haver talento nenhum, ou para o caso de ter vontade de ir a algumas festas em Lixboa.
2016 exigiu muito dos meus consideráveis poderes analíticos. Dividi tudo, divide et impera, em coisas melhores e coisas piores e confesso-me partidário das coisas melhores. O processo é intuitivo, mas sofre racionalizações posteriores que servem para questionar o meu inquestionável bom gosto; chego a algumas conclusões e chego a muitas confusões.
Coisas piores
New Yorker, a coisa levemente irritante que mais me irritou este ano.
O diálogo público, que é mais público do que diálogo. Até metem nojo aos cães.
Todos que disseram que Bob Dylan é o poeta preferido deles. Até digitei um poemeto à propos: filisteus do caralho, filisteus do caralho/ filisteus do caralho, filisteus do caralho.
Muitas pessoas.
Coisas melhores
Patrick Melrose Novels e At Last, Edward St Aubyn.
Sons and Lovers, D.H. Lawrence
A consciência de Zeno, Italo Svevo
Kalevala
Audiolivros, uma das melhores ferramentas que comecei a utilizar quando estou a fazer tarefas menores, e.g., viver a minha vida.
Kieslowski, tudo
Louis Malle, tudo
Eustache. tudo
Música Sacra, Palestrina, Josquin des Prez, etc.
Futebol e jantaradas com amigos.
Um casaco que comprei na Zara.
Tabaco Camel.
Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, tem todo o tipo de jornais, catálogo decente, gente simpática, café e bolos baratos, gajas boas, etc.
Algumas pessoas.
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